26.2.09

sticky and sweet

Eu fico meio besta com a corrida dos videogames pelos melhores gráficos e videos mais realistas. Sei lá se é generation gap ou o quê, mas eu não pego muito esse pique - pra quem passou a infância tão vidrado em Pac Man e Space Invaders no Atari, meio que tanto faz ter 16 ou 16.000.000 de cores.

Deve ser por isso que eu me apaixonei de primeira por World of Goo.



Os gráficos são lindos, mas nada de texturas complexas, vetores e renders pesados - uma simples sequência de quebra-cabeças num mundo habitado por criaturinhas fofas - a gosma animada com as quais o jogador dá uma de engenheiro (o comportamento das gosminhas é pura física) e constrói estruturas para resolver os problemas.

E o melhor é que você não "morre" se fracassar: tem sempre a chance de recomeçar. O que é uma boa garantia de não causar dor de estômago e doses desnecessárias de adrenalina, que é tudo que eu não tô precisando no momento.

Tem para Mac, Windows, Linux e Wii (nesse dá para jogar em equipe), super recomeindo.

19.2.09

palatino ewald filho

tô meio assim com o Oscar de Melhor Filme nesse ano:

- Benjamin Button: achei leeeeesho. Nem a cena que o Brad aparece revigorado e varonil na motocicleta me aliviou dos flashbacks de Forrest-argh-Gump.

- Milk: maravilhoso (mas talvez meu julgamento seja parcial dada a palpitância to tema). Mas a academia é homofóbica e portanto, no chances.

- The Reader: amei muito (em especial Kate e o junger Mann), mas deu um pouco de preguiça da cena final.

- Frost/Nixon: não vi. É bom? Diz que o Langella tá ótemo.

- Slumdog: tá todo mundo dizendo que vai levar... achei divertido e bem feito (trilha sonora Danny-Boyliana muito boa, bien sûr), mas levemente sessão-da-tarde?

17.2.09

pourquoi-ci?

Essa eu só ia twittar, mas merece um post de verdade. Lembra do Jordy, o bebê cantor francês?


Pois é, ele cresceu e tem uma banda:


E se você ainda está se preguntando: sim, é ele o vocalista.

p.s. desculpem o video fora do template, preguiça master de tentar arrumar...

11.2.09

jesus dick of the light

Pequenas pérolas de sabedoria popular:

"Até virar o queridinho de Maduenna, Je-sus vivia no baixo clero do mundo da moda. Tinha feito um único desfile, para a grife Reserva, pelo qual recebeu R$ 500. Para fotografar com Maduenna, recebeu US$ 150 -mas 20% era comissão para a agência."
(Da Bônica Mérgamo de hoje)
Trabalho escravo, eu digo! Michetagem Cheap Tour. E corre à boca pequena no petit-monde local que ele é queridinho não da Maduenna, mas do Steven Klein... blasfêmia biu?

E não sei como está na Commonwealth, mas aqui nos EUA só se fala na porrada que o marido deu na Umbrela-ela-ela-ê. Tadinha: dentro do carro, de manhã, murro e mordida. Absurdo mesmo.
Foi preciso isso para descobrir que não se pronuncia o h no meio do nome; é "Riana" mesmo. Achei a pronúncia um tanto simples e suburbana para alguém com tamanho talento e testa.

6.2.09

you need more, you need love


Love etc, o novo single dos Pet Shop Boys, precede o álbum Yes, que será lançado em março, e é bem diferente de tudo o que eles já fizeram antes.

Começa com uma batidinha meio Soft Cell e tecladinhos à la Erasure. Daí entra um refrão com um coral masculino que parece uma mistura de Go West com aquela música do "I get knocked out", sabe?

Mas o clima não é felizinho e empolgado. E também não é depressivo à la Depeche Mode. É uma coisa gloomy conformada. Retrato do zeitgeist de 2009.

3.2.09

sangue bom

De repente, uma revoada de vampiros apareceu no horizonte. Crepúsculo, produção hollywoodiana-teen anda faturando grosso nas bilheterias, livrarias e, provavelmente, lojas de videogames. Mas você não precisa voltar a ter 15 anos nem ter inclinações góticas para aproveitar a onda também.



True Blood, um seriado americano (com essa abertura tuuudo aí em cima), estreou no domingo passado no HBO aqui no Brasil. Um revolucionário sangue humano sintético foi inventado para aplacar a fome dos dentuços que, sem precisar morder gente passaram a socializar e viver entre os humanos (só à noite, claro). Enquanto isso, numa cidadezinha do sul dos EUA, a vida segue pacata, até que um deles resolve fincar os pés por lá, inexplicavelmente atraindo a atenção de uma esquisita garota local. Segue uma sequência de assassinatos misteriosos, que se junta a tramas de preconceito, romance, ciúme e, é claro, um draminha. Os personagens são ótimos e o roteiro, sem ser mirabolante, é daquele tipo que te deixa pensando "onde é que isso vai parar?". E doido para ver o episódio seguinte. Eu já estou no décimo (faltam 2 para completar a 1ª temporada) e não consigo parar!



Já o sueco Let the right one in (não me obriguem a cortar-e-colar o título original) foi super premiado no exterior, mas passou voando pela Mostra de SP e acho que nem entrou em circuito no Brasil. Numa melancólica Suécia encoberta de neve, Oskar, o protagonista de 12 anos, com certeza é the whitest boy alive. Apanha na escola e não precisou de muito tempo para se afeiçoar pela vizinha, ainda mais branca do que ele, que só aparecia à noite e não sentia fome (de comida, diga-se) nem frio.

Ao mesmo tempo em que se desconcertava com a sobrenatureza da menina, era atraído por ela, numa história que ninguém imagina onde vai acabar. E, por incrível que pareça, a cena mais aflitiva do filme, daquelas que deixam o coração sem bater por um momento, não é obra da vampira e sim de humanos, que como todos sabemos, são os maiores vilões de qualquer história.

*abana abana abana*



(Le Coeur a ses raisons, uma novela-parodia quebequense.)
Ando assim, monotemático.