31.1.14

As séries que eu *não* vi

Os últimos dias de atoísmo me permitiram dar uma passeada pelas séries que estão na boca do povo. Não sou de acompanhar séries, a não ser que eu goste muuuito de alguma (não consigo manter a atenção por mais do que um ou dois episódios), mas resolvi dar algumas chances e fazer valer meu mês grátis no Netflix:

Homeland - Essa foi a campeã de votos em uma mini-enquete que fiz no Twitter sobre qual série assistir. Curiosamente, foi a que eu menos gostei (o que significa apenas que eu sou uma pessoa estranha). Vi só dois episódios, mal deu para começar a sentir o mistério por trás do soldado que volta da guerra e para entender por que o cara tinha mais paparazzi do que o François Hollande em noite de escapade conjugal. Enfim, o cenário terrorismo-drama pessoal/profissional-invasão de privacidade não me pescou, mesmo achando que a história da espiã que toma remédios controlados ainda podia dar pano para manga.

House of Cards - Essa me interessou no S01E01. Achei original Kevin Bacon Spacey (toda vez tenho que me esforçar para lembrar o sobrenome dele) narrando o contexto para a câmera, aquela mulher dele que é belíssima e má e a sensação de poder enxergar os movimentos nos bastidores do poder pelos olhos dos próprios poderosos. Acho que a parte daquela repórter junior mas super motivada pode ser um pouco chata, mas quero assistir mais.

Hemlock Grove


Fiquei intrigado com o cartaz dessa série, assisti o primeiro episódio só para ver como era. E o pior: somente depois de ter gostado é que li na internets que é voltado para um público jovem, pegando a rebarba de Lua Nova e cia. O que me leva a concluir que, além de ser uma pessoa estranha (vide Homeland, acima), também tenho 17 anos. A coisa do laboratório que faz experiências super secretas pode descambar para o recurso das "corporações inescrupulosas", mas gostei que tem um jovem cigano (o povo roma me fascina um pouco), aquela menina grandona bizarra (quequé aquilo, meldels?) e a atriz que faz a Jean Grey no X-Men.

Les revenants - Como seria se, numa cidadezinha da Savóia francesa, pessoas já mortas reaparecessem depois de anos sem saber que morreram e quisessem voltar para suas famílias e a vida que tinham antes? Já me interessei no primeiro episódio. Vamos ver se o lado sobrenatural não fica muito forçado, mas parece que vai ser interessante!

The Fall - Achei um Broadchurch genérico passado na insossa Belfast. Parei no primeiro.

Breaking Bad - OK, todo mundo amou, ganhou milhões de prêmios, mas não é para mim. Vi dois episódios para confirmar. Odeio série em que você vai ficando tenso, com medo de tudo dar errado e daí a pessoa escapa por um fio. Eu não quero ter que tomar Rivotril antes de ver TV.

E agora as séries que vi:

Lilyhammer - Um homem envolvido com a máfia em NY delata um chefão. Como prêmio, exige ser exilado na gélida Lillehammer, cidadezinha norueguesa que ele viu na TV uma vez e cujo nome ele sequer sabe pronunciar (daí a grafia errada no nome do seriado). É um retrato divertido do choque cultural entre dois países, cidades e estilos de vida completamente diferentes.

Sherlock - Vi dois dos três episódios da S01. Os atores são ótimos e as histórias são interessantes. Só não gostei que o Sherlock está muito sobre-humano: ler a data no relógio de pulso de uma pessoa que ele viu por um minuto? Oi? Lembro que o Holmes dos livros era extraordinário, mas não sei se tanto. Daí tudo acontece muito rápido, vc fica sem entender direito e no fim aparece ele com essas conclusões do além. Perde a graça de tentar desvendar junto os mistérios, porque não é para nós, mortais.

Será que alguma das que não vi promete algo mais para depois dos primeiros episódios? Vale a pena persistir?